Timing da transformação Tecnológica

Há tempos falo sobre a importância da transformação tecnológica para os negócios, visando reinventar seus produtos e serviços. E para quem fica parado no tempo, achando que seu negócio não precisa ou que é impossível usar tecnologia a seu favor, é preciso ficar mais antenado para perder o “timing”.

E para começar a explicar a importância de estar atendo para onde a tecnologia nos leva, quero citar 03 Cases de empresas famosas que perderam espaço no mercado e que fecharam as portas por não acreditarem que precisavam inovar seus produtos e serviços.

3 cases de empresas que perderam o timing

Case 01: KODAK

E para exemplificar, empresas que não acompanhamam esse timing da transformação tecnológica , eu gosto de citar o case da Kodak, empresa multinacional dedicada ao design, produção e comercialização de equipamentos fotográficos e para a área de saúde, como os aparelhos de radiologia. Acredito que muitos nem sabiam que ela também tinha como clientes empresas da área de saúde.

Mas agora, reflita um instante. Além da Kodak ofertar produtos para consumidor final, ela também atendida a vários clientes da área de saúde, considerada uma empresa líder nesse segmento e avaliada em 30 bilhões de dólares. É quase impossível pensar que uma empresa multinacional deste porte, poderia simplesmente, um dia, “fechar suas portas”.

Pois bem, isso aconteceu com a chegada da fotografia digital. Mas, antes de acontecer tudo isso, ocorreu um fato curioso, um dos funcionários da Kodak desenvolveu um protótipo de uma máquina fotográfica sem filme de revelação em 1975, anos antes da invenção da máquina fotográfica digital e celulares. Porém, a empresa acreditando que aquele protótipo destruiria o modelo de negócios já consolidado, mandou engavetar.

Case 02: Nokia

O Case da Nokia, empresa que detinha o mercado mundial de celulares é também um caso de “falta de olhar analítico” para o mercado tecnologia, deixando de acompanhar a evolução dos smartphones. Para se ter uma ideia, a Nokia em 2007 estava presente em todos os continentes, detendo maior parte do mercado, mas com a chegada de outras empresas de smartphones que investiram bastante na “onda” dos aplicativos, a Nokia perdeu mais da metade do mercado., ficando com aproximadamente 3%.

Tudo isso aconteceu com o surgimento da Apple em 2007 com o lançamento do 1º IPhone no mercado. E se compararmos os preços praticados de um Nokia e um Apple – eram e são – muito diferentes. Assunto que comentei em um outro conteúdo, no qual discuto sobre valor agregado que vale a pena ler.

Enquanto a Apple oferecia tecnologia mais avançada e com recursos amigáveis e fáceis de manusear, a Nokia foi perdendo espaço no mercado, mantendo seus produtos como antes, tradicionais e nada modernos comparados a Apple. E ao perceber que estava perdendo espaço no mercado, a Nokia resolveu agir, contudo, no timing errado.

Case 03: WW

Outro Case é o Western Union, empresa especializada em telégrafos que não acompanhou os avanços tecnológicos do mercado e teve que fechar suas portas. O fato ocorreu quando Alexander Graham Bell, inventor do telefone (fixo), tentou vender seu protótipo para a WW e ela não quis comprar a ideia de 100 mil dólares, pois não acreditava que poderia perder espaço para um “telefone.

Contudo, Alexander acreditado na sua ideia, investiu fortemente e criou sua empresa “Bell Telephone Company”, e que anos depois aconteceriam várias fusões, se tornando a empresa AT&T. Empresa líder no segmento de telecomunicações americana.

Não perca o timing da transformação

Os três cases apresentados acima, mostram o quanto estar antenado nos avanços tecnológicos para compreender a direção que o mercado está caminhando é importante para que você não perca o timing. Portanto, fica a minha dica “a tecnologia já não é mais um diferencial; é uma necessidade.”

Desde quando comecei a empreender — eu tinha próximo de 24 anos, eu já ficava atento as novidades do mercado nacional e, principalmente internacional. Com isso, muito dos meus negócios foram ganhando nova roupagem. Um exemplo disso, foi o Semente Ecológica, cuja proposta era de conscientizar e educar crianças e jovens à ações mais sustentáveis. Observando o mercado, transformei o programa de educação em uma OSCIP e em seguida criei uma outra empresa, cujo foco era consultoria ambiental.

Isso aconteceu entre os anos de 1998 e 1999. Naquela época não se falava tanto em tecnologia, o máximo era internet discada, que custava uma fortuna e poucos tinham acesso a ela. Contudo, percebi que o mercado iria avançar tecnologicamente, foi então que comecei a projetar meus negócios, com o objetivo de estar sempre a frente dos meus concorrentes, em pelo menos 05 anos.

Eu sabia que se eu olhasse para frente, pensando no futuro, projeta-se meu negócio, eu conseguiria alcançar as minhas metas de “modernização”, saindo do papel para as telas dos computadores. E o meu primeiro software foi concluído em 1999, juntamente com os serviços de Banda larga. Meu timing foi ligado antes de tudo acontecer. Portanto, eu já tinha um produto pronto e funcional, antes dos meus concorrentes pensarem em ter o deles.

Para muitos naquela época, eu estava louco em construir uma ferramenta online, já que o custo da internet era cara. Mas, para mim, não fazia sentido ter uma ferramenta que precisasse de vários ‘disquetes’ para instalar um programa. Mas a minha equipe de desenvolvimento, acreditou que estávamos no caminho certo e juntos construímos esse software fantástico e completo para as empresas de todos os portes e segmentos.

Eu conseguia oferecer aos meus clientes a oportunidade deles também inovarem, usando uma plataforma de monitoramento de requisitos legais, totalmente online. E com os anos, essa simples ferramenta se transformou num robusto Software para gerenciar o desempenho das empresas no quesito Sustentabilidade, hoje chamado de ESG.

Seja uma empresa Pioneira para o Mercado

Certamente que esse processo de transformação não foi tão simples, quanto estou contando aqui. Foi preciso paciência para construi-lo, bem como realizar a migração dos clientes para essa plataforma. Na época eu já tinha quase 1.000 clientes. Para mim, no entanto, foi um marco muito importante, pois minha empresa passou a ser considerada visionária, se posicionasse como uma das pioneiras no ramo da gestão ambiental.

Obviamente, que não parei por aí.

Construí diversos outros produtos, plataformas de consultoria, Aplicativos de Auditoria, Software para gestão de fornecedores, Software de gestão de resíduos, Plataforma para Compra e Venda de Resíduos, plataforma streaming, Cursos online. Já em 2019, investi muito em Inteligência Artificial para o software de gestão de riscos.

Posso dizer que o meu maior desafio nessa processo foi conseguir envolver toda a empresa no processo. Pois, com os anos a empresa foi crescendo e muitas pessoas foram contratadas, e certamente que todos precisavam estar envolvidos, não apenas o departamento de TI. Em uma entrevista concedida a Revista Exame, esclareci sobre a importância dessa sinergia:

“Quando falamos em tecnologia, é muito comum haver uma tendência a pensar que a responsabilidade é unicamente do departamento de TI. Mas é um engano! Se não houver envolvimento geral, a transformação tecnológica não acontece”.

É preciso existir a mentalidade da mudança, abrir a mente para as oportunidades, voltar a atenção a novas ferramentas e tecnologias. O tempo hoje é um bem valioso, que não pode ser desperdiçado. O mercado é muito ágil”.

Deivison Pedroza – entrevista concedida a Revista Exame em 2018.

Sinergia entre Líderes e Liderados

Essa sinergia se faz necessária, visto que os Líderes são os principais responsáveis por motivar e integrar as equipes de forma que elas consigam trabalhar em conjunto, unindo forças e gerando resultados melhores. Caso contrário, a empresa para de evoluir, perdendo espaço para a inovação e o mercado.

Inserir na cultura da organização a visão da transformação digital significa não apenas melhorar seus produtos e serviços, mas também ficar de olho nas ferramentas que o mercado oferece de modo a otimizar e automatizar os processos e procedimentos internos. Assim, as equipes têm mais tempo para se conectarem e discutirem estrategicamente o caminho que vão trilhar.

Outro ponto importante, é que não apenas as equipes que estão a frente dos projetos, se envolvam nessa nova cultura de transformação, mas também saibam analisar o mercado, as tendências passageiras e as que vieram para ficar, bem como captar quais são as reais necessidades dos clientes, captando suas dores e anseios, de forma a pensar e repensar as ferramentas que são oferecidas a eles. E esse movimento se traduz em crescimento.

A minha experiência como empreendedor tem me demonstrado o quanto estou no caminho certo quando o assunto é gestão de negócios, transformação digital, melhoria e desenvolvimento de produtos e serviços. Nunca parei de olhar para frente, buscando visualizar o caminho que quero seguir e, o mais importante, estar preparado para enfrentar qualquer adversidade que aparecer.

E foi esse espírito resiliente que me trouxe até aqui.

Continuo empreendendo e investindo em novos negócios e Startups que possuem esse espírito desbravador e inovador. Aprender a se adaptar em “mares vermelhos” é tarefa para empreendedores resilientes, pois somente assim, alcançamos mercados muito maiores, abrindo caminho para novas experiências e aprendizados.

Preparado para trilhar um Caminho de Sucesso? Invista na transformação digital e tecnológica do seu negócio. Várias oportunidades de crescimento surgirão através de uma mentalidade disruptiva. E então, preparado? Preparada?

Deixe seu comentário ou dúvida que te responderei.

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Deivison Pedroza – Investidor / Conselheiro / CEO / Palestrante


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