Procrastinador e Preguiçoso: quem é você na liderança

Carrego comigo uma frase, pesada, que me ajudou a entender que a diferença entre procrastinador e preguiçoso: “Gente fracassada negocia o tempo todo consigo, arrumando desculpas para não fazer o que precisa ser feito”. Essa frase ficou na minha cabeça. Infelizmente não me lembro do autor. Mas me recordo da sensação que ela me trouxe, e do quanto é prejudicial para nós a procrastinação.

Ter atitudes de um procrastinador é assumir a falta de autoliderança na própria vida, deixando passar oportunidades únicas e possivelmente se dando mal na vida. As oportunidades perdidas se deve ao tempo perdido ao arranjar desculpas para não fazer algo que precisa ser feito do que efetivamente fazer. Está sempre deixando para depois, com o pretexto de estar sempre ocupado, preocupado, tenso, cheio de coisas para fazer. Mas, se o procrastinador souber se auto observar, perceberá o quanto seu tempo é mal administrado.

Resiliência não aceita procrastinação

Aliás, procrastinação deveria ser nome de doença mesmo, porque prejudica demais a vida de quem sofre desse mal. Elas procrastinam seus afazeres, nunca terminam o que começam, sempre se colocam no papel de vítimas da sociedade ou do “destino cruel” que é implacável com elas. Claro, que isso é um exagero, porque o único responsável pelos problemas que acontecem são elas próprias. Não tem nada de destino ou de sociedade sendo algoz.

Contudo, para aquelas pessoas satisfeitas com a vida, realizar suas suas tarefas, buscando conectá-las a um propósito e perspectivas de crescimento na vida e que não se contentam apenas o básico, conseguem ir mais longe, obviamente. Isso porque assumem um mindset de crescimento. Esse perfil de pessoa, gosta de enfrentar desafios, de crescer, de aprender habilidades novas, conquistar seus sonhos. Logo, a procrastinação não faz parte de seu dia a dia. Essa pessoa percebe que adiar suas decisões será um “tiro no pé”, perda de oportunidade de crescimento.

É claro que não podemos negar que que muitas das tarefas, as quais, somos submetidos, são chatas. Muito chatas. Tão chatas que admirar uma mosca passando na nossa frente se torna mais interessante do que realizar o que é preciso. Mas, se há uma atividade a ser feita, ela precisa ser feita. 

Então, não há nada de bom em ser procrastinador, nem se você gosta de viver na emoção e deixa para entregar tudo no último prazo possível, quase estourando, sem chance de prorrogação. Porque até nesse caso, você perde uma oportunidade de otimizar seu tempo, para fazer o que te dá prazer, como resultado você deixa de fazer um bom trabalho porque teve que fazer tudo às pressas. Nenhuma dessas opções é interessante. 

Procrastinar ou Preguiça?

Contudo, há uma diferença grande em não fazer porque você “sofre de procrastinação” e não fazer porque você é preguiçoso. Ao contrário da procrastinação, a preguiça nem sempre é vista como algo negativo. Veja por exemplo Bill Gates, afirmou porque escolhe uma pessoa preguiçosa para fazer um trabalho duro. Para ele, uma pessoa preguiçosa irá encontrar uma forma fácil e rápida de fazer este trabalho e entregá-la de modo que não precise ter retrabalho.

Desse modo, eu penso que, quando uma pessoa procura realizar algo, com o mínimo de esforço possível, buscando a maneira mais fácil de executar, ela pode aumentar a sua eficiência no trabalho, ou pode conseguir mais tempo livre para fazer o que realmente lhe dá prazer.

Ao contrário, o procrastinador deixa para fazer de última hora e mesmo assim, pode ser que não a realize por completo, procurando desculpas para se justificar. Já o preguiçoso fica pensando em maneiras de executar, rapidamente, o que precisa. É o famoso “vai lá e faz”. Percebe que são dois opostos? Por isso Bill Gates prefere o segundo tipo.

Se eu fosse escolher, também preferiria. E você?

Eu sei o quanto de potencial é desperdiçado em um procrastinador. Já tive muitos colaboradores muito inteligentes técnica e teoricamente, mas que não executavam as tarefas por terem o perfil de procrastinadores. Infelizmente, quem saia perdendo eram essas pessoas, que tinham um MEGA POTENCIAL para serem grandes Líderes, mas não sabiam se auto liderar. Realmente uma pena!

E você, existe alguma tarefa nesse exato momento que você precisa fazer mas está deixando para depois? Se sim. Seja sincero com você, por qual motivo? Você não quer fazer? Ou simplesmente tem dado desculpas para apenas procrastinar? Ou só está com preguiça mesmo?

Sempre faça essas perguntas a você mesmo quando estiver enrolando para fazer algo. Devemos buscar identificar o gatilho que comanda esse padrão de comportamento, que não permite que saiamos do lugar, que sempre arranjemos desculpas e não soluções, que nos deixa sempre no mesmo lugar e não nos permite evoluir.

Tenha compromisso com você, pare de perder seu tempo e oportunidades únicas, bem como experiências para o seu crescimento profissional e pessoal – ele é valiosíssimo. Seja constante com tudo aquilo que te leva para a frente. E se for para escolher um “defeito”, que seja preguiça e não a procrastinação que apenas te levará a insatisfação e a falta de autorrealização pessoal e profissional.

Deivison Pedroza – Investidor / Conselheiro / CEO / Palestrante


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Vamos conversar e conquistar melhores resultados para a sua Gestão?

Deivison-Logo-Preto-

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp